Aprendizados da Eleição 2024: Reflexões de uma Campanha

11/10/2024 às 06:50:02

Participar de uma campanha eleitoral é uma das experiências mais intensas que alguém pode vivenciar, e a eleição de 2024 trouxe lições que mudarão minha forma de atuar para sempre. Abaixo, compartilho os principais aprendizados que extraí desse processo.

1. A Importância da Pesquisa Qualitativa

Antes de 2024, eu já sabia que as pesquisas tinham relevância, mas foi nesse ano que compreendi verdadeiramente seu valor estratégico. Fazer uma campanha sem uma pesquisa qualitativa é como atirar no escuro. Sem saber o que o eleitorado realmente pensa, o que valoriza e o que o incomoda, estamos fadados a errar. As pesquisas oferecem o mapa, mostram o caminho, nos dão clareza sobre o que precisa ser feito. É a bússola de qualquer campanha bem-sucedida. Sem ela, as chances de acertar são pequenas. A verdade é que estar preparado e informado pode ser o diferencial entre a vitória e a derrota.

2. Campanha Não Se Ganha de Última Hora

Outro aprendizado valioso foi o tempo. A eleição não começa oficialmente no início da campanha, ela se constrói muito antes, durante a pré-campanha. Não adianta querer acelerar os motores de última hora, porque quem não trabalha seu nome desde o início estará fadado ao fracasso. É preciso presença, consistência e planejamento de longo prazo. A construção de uma imagem pública e a criação de uma relação sólida com o eleitorado levam tempo. Se você chega apenas no final do jogo, dificilmente conseguirá mudar as peças a seu favor.

3. O Povo Decide, e às Vezes Dói

Por fim, a lição mais dura de todas: quem decide é o povo. E, por mais que você tenha feito uma campanha maravilhosa, lotado comícios e enchido carreatas de apoiadores, no final das contas, o voto é do eleitor. E o triste é perceber que, muitas vezes, a decisão não é baseada na proposta, no compromisso ou na qualidade do candidato, mas na compra do voto. Esse é o golpe mais doloroso que uma campanha pode enfrentar. Ver todo o trabalho duro ser ofuscado por quem usa de artifícios desonestos para conquistar o voto é devastador. Mas, infelizmente, essa é a realidade de muitas regiões, e isso me fez refletir ainda mais sobre o quanto precisamos lutar por um processo eleitoral mais justo.

Esses aprendizados moldaram minha visão de campanhas futuras. A política exige preparo, persistência e uma boa dose de resiliência. Quem trabalha sério sabe que nem sempre a justiça prevalece, mas isso não deve desanimar aqueles que acreditam no poder de uma boa campanha. Seguimos firmes, pois, no final, é o aprendizado que nos fortalece.

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