O Político que Não Grava Vídeos: Um Erro que Pode Custar a Eleição

Se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos trabalhando com marketing político, é que muitos políticos ainda subestimam o poder da comunicação. E, dentro desse universo, há um erro que se repete com uma frequência assustadora: o político que não grava vídeos.
Parece algo simples, quase óbvio, mas a realidade é que muitos candidatos e até mesmo políticos experientes ainda resistem à ideia de aparecer em vídeos. E, acredite, isso pode custar caro. Muito caro.
A Ilusão da Popularidade Eterna
Há políticos que acreditam piamente que são populares o suficiente para serem eleitos de forma vitalícia. Acham que o nome forte, o histórico de mandatos ou o apoio de aliados poderosos são suficientes para garantir votos. Mas, como vimos nas últimas eleições, essa ilusão pode cair por terra rapidamente.
Presenciei casos de ex-prefeitos que tiveram 8 anos de mandato , tentaram voltar e não conseguiram se eleger. Por quê? Porque fizeram uma comunicação pífia nas redes sociais. Acharam que estava tudo ganho, que o eleitor já sabia quem eles eram e o que tinham feito. Resultado: perderam para candidatos que, embora menos experientes, souberam usar as redes sociais a seu favor.
E não para por aí. Vi prefeitos perderem a reeleição porque direcionaram toda a comunicação do mandato apenas para a página da prefeitura, esquecendo-se de fortalecer a própria imagem em suas redes pessoais. Quando chegou a hora da campanha, não tinham conexão com o eleitorado. E, nas urnas, isso pesou.
Por que Gravar Vídeos é Essencial?
Vamos ser claros: político precisa gravar vídeos. E não é de vez em quando, não. É toda semana. Os vídeos são a forma mais eficaz de chegar onde o político não pode ir fisicamente. Eles permitem que o candidato ou mandatário fale diretamente com o eleitor, mostre seu rosto, sua expressão e sua autenticidade.
Seja numa lista de transmissão no WhatsApp, seja nas redes sociais como Instagram, Facebook ou YouTube, os vídeos são a ferramenta que humaniza o político. Eles criam uma conexão emocional que textos e fotos sozinhos não conseguem.
Timidez x Arrogância: Dois Inimigos da Comunicação
Um dos argumentos que mais escuto é: "Ah, mas eu sou tímido, não consigo falar na câmera."
E sabe o que eu digo? Timidez dá para vencer. Com prática, repetição e um bom planejamento, qualquer político pode se acostumar a gravar vídeos.
Agora, o que não tem jeito é a arrogância. Aquele pensamento de "eu não preciso disso" ou "meu nome já é suficiente". Esse, infelizmente, só aprende com a derrota nas urnas. E, quando isso acontece, é tarde demais.
A Comunicação como Parte Central do Mandato
A comunicação não é um detalhe. Não é algo que pode ser deixado para depois ou delegado a terceiros sem supervisão. Ela é a parte mais importante do mandato ou de qualquer pretensão de se candidatar.
Um político que não se comunica bem está fadado a ser mal interpretado, mal compreendido e, no final das contas, esquecido. E, em um cenário eleitoral cada vez mais competitivo, isso é um tiro no pé.
Faça os Vídeos!
Se você é político, candidato ou assessor, entenda: gravar vídeos não é opcional. É uma necessidade. Eles são a ponte entre você e o eleitor, a forma mais eficaz de mostrar seu trabalho, suas ideias e sua personalidade.
E se a timidez for um problema, lembre-se: a prática leva à perfeição. Comece com vídeos curtos, simples e vá evoluindo. Mas, por favor, não cometa o erro de achar que não precisa disso. Porque, no final das contas, a comunicação pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.
E, como eu sempre digo: fazer o certo é sempre o melhor negócio.
Thiago Jacaúna, Especialista em marketing político e tráfego pago, ajudando candidatos e empresas a conquistarem seus objetivos no ambiente digital.